O inquietante despojamento dos limites visuais.
Dotada de um charme desmedido, a Villa Rome destaca-se pela sua escala surpreendente e pelo seu ar um tanto ou quanto exótico. Pensada e desenhada a partir de um traçado longitudinal, a sua espacialidade é ilimitada pois, o espaço exterior que a rodeia entra pelo interior sem pedir licença, afirmando o seu tratamento como parte integrante. Cada um dos seus vastos caixilhos trabalha como uma tela que, conjugada com a paisagem enfeitam cada divisão, intitulando-se como coautora do projecto. A maior preocupação em termos de funcionalidade passou por criar a maior privacidade possível entre vários programas através de sucessivos recortes na planta, onde se incorpora o espaço exterior. O seu volume térreo é destinado à zona social. Não existe qualquer corte visual desde o momento em que entra na habitação até ao tardoz do lote, à piscina. Para complementariedade desta zona, o piso térreo alberga ainda quartos para visitas, libertando o piso superior para residentes. O piso superior segue a mesma linguagem do anterior. Trata-se de duas master suites de dimensões generosas, complementadas por espaços comuns com comunicação directa para zona social, através dos diversos pés-direitos duplos. Apesar de se tratar de um piso mais encerrado, o edificio rasga-se pontualmente nas suas quatro faces para maior e melhor aproveitamento da envolvente visual, bem como da incidência solar. A cada passo uma nova emoção, um encontro com o pormenor, uma conjugação entre a luz e a sombra, tornando a Villa Rome uma conjugação de cenários idílicos.